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O vinho que faltava!

Fechámos o nosso leque da colheita de 2020 com uma novidade bem docinha!
Apresentamos o Quinta de Santa Cristina Dulce, um vinho produzido 100% a partir da casta Arinto, que conserva não só a sua frescura característica como também parte do seu açúcar…

Na sub-região de Basto, os verões são marcados por temperaturas altas e fraca precipitação, o que leva a que as uvas ali produzidas concentrem uma grande quantidade de açúcar, conferindo aos vinhos um teor alcoólico elevado. O verão de 2020 não foi diferente.

Durante a vindima, que demora cerca de um mês, vamos definindo os tempos de colheita das diferentes castas de acordo com o seu ponto ideal de maturação, sendo que algumas parcelas têm prioridade em detrimento de outras. A parcela da casta Arinto que deu origem a este vinho foi uma das últimas a ser vindimada e, uma vez que não tinha instalado o sistema de irrigação, as uvas encontravam-se desidratadas no momento da colheita, concentrando uma elevada quantidade de açúcar e acidez. Quando as uvas chegaram à adega, calculámos o teor de álcool provável que o vinho destas uvas iria atingir e tal é a nossa surpresa quando verificámos que estava perto dos 17%!

Queremos, desde já, esclarecer que não houve nenhum motivo em especial para que esta parcela ficasse para o final, o que subentende que a produção de um vinho deste tipo não estava nos nossos planos iniciais. Nessa altura, a equipa de enologia reuniu-se e decidiu que seria interessante fazer algo diferente com esta matéria-prima. Colocaram o mosto numa cuba à parte e deixaram que este fermentasse espontaneamente. Entretanto a fermentação desencadeou-se e, assim que o teor alcoólico atingiu os 10,5%, com a ajuda do sistema de refrigeração, baixaram a temperatura, o que fez com que a fermentação parasse.

Com esta experiência, obtivemos um vinho com um teor de açúcar de cerca de 75 g/L e um teor alcoólico de 10,5%. Embora seja um vinho doce, daí a sua denominação (Dulce), é, ao mesmo tempo, um vinho que surpreende pela sua frescura, característica distintiva da casta Arinto. Poderoso, de nariz singular cheio de aromas com notas citrinas frutadas, exóticas e refrescantes, o Quinta de Santa Cristina Dulce acompanha bem pratos picantes, como indianos e asiáticos, mariscos com sabor intenso, foie gras e todas as sobremesas. Como aperitivo, aconselhamos o seu serviço a uma temperatura entre os 6 e os 8⁰C.

Grandes Vinhos Criam Grandes Memórias

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